sexta-feira, 24 de junho de 2011

Relacionamentos



           Escutei uma mulher essa semana dizer que as pessoas são num relacionamento, reflexo daquilo que são na cama. Se a pessoa domina você o tempo todo, não te deixa escolher uma posição pra gozar ou mesmo permite que tome algum tipo de atitude, provável e certamente que ela será assim na relação também. Pois concordo integralmente. No entanto, perceba você, que estamos falando de que PODERÁ ser e não que efetivamente será.
Enfim, ao som de Foo Fighters, vamos prosseguindo com o pensamento.
O quê? Você não está ouvindo? E eu com isso?
Disse que concordo com a fala dela, pois acompanho casos de amigos e amigas que descrevem (sim, eles me contam alguns fatos (muitos dos quais eu poderia ser poupado), geralmente reclamando) como são seus parceiros na cama e eu por ventura os observo na sociedade. Não, não sou nenhum voyeur, a não ser talvez um voyeur social, porque gosto de observar como as pessoas se comportam, principalmente as que me rodeiam ou que se envolvem com os que me são caros. Não preciso dizer que já tive experiências próprias a esse respeito também, algumas não muito agradáveis, outras nem um pouco empolgantes. [Deixo a interpretação por sua conta]
Mas penso que, já que na cama nem homem nem mulher usam sangue para irrigar a parte mais importante do ato sexual, o cérebro, e não conseguirão fazer mudanças significativas, ao menos na vida social isso pode, e deve, ser alterado. Assim aliviarão a tensão e amenizarão os atritos do relacionamento e no fundo só fortalecerá a união do casal. O que é bem o contrário do que alguns ogros e umas Maria-barraqueiras pensam por aí. Excluamos aqui a índole e merecimento de confiança do dito cônjuge, não vou entrar no mérito da questão.
Mas sei lá, acho que sou muito nostálgico. Ainda acho que o amor resolve tudo, cura tudo e perdoa tudo (burro) e confio nele mais do que na capacidade humana de mudança. Acho que já deixei esse ponto de vista bem claro em textos anteriores. Não sobre o amor, sobre incapacidade humana mesmo.
Um último aviso aos navegantes, homens, ela deu uma dica muito importante. Aquele que se preocupa em fazer ela se satisfazer antes dele próprio (e que tenha competência pra isso) ganha pontos extras de XP. Tá ligado na fase bônus de Mario Bros? É quase a mesma coisa.

Apaixonar



                Nossa! Quanto tempo faz que não escuto essa palavra ou qualquer variação dela, em se tratando de mim. To ficando assustado, acho que vou ficar pra titio. Mas titio de quem, se nem irmãos eu tenho.
Não vou negar, minha maior vontade é de conseguir fazer isso novamente (sim, já me apaixonei antes, nem sempre tive esse coração de pedra) sem medo, com vontade, com dedicação e quem sabe com muito amor. Poder olhar para o lado quando acordar e sorrir, porque a pessoa que me faz bem está ali, conseguir sorrir loucamente e do fundo da alma com uma mega mensagem de texto dizendo ;), ter a certeza de que no fim do dia, vou poder chegar e perguntar pra ela “oi meu bem, como foi seu dia?” e realmente vou querer ouvir o que ela tem a dizer.
Realmente sinto falta disso. Desconheço quanto tempo faz que senti isso pela última vez e o motivo de ter acabado.
Outro dia, conversando com minha prima chegamos a algumas conclusões óbvias demais até. De que temos medo de nos apaixonar por alguém, se não temos a certeza de que essa pessoa também está apaixonada por nós e se ela está disposta a enfrentar o que for preciso para ficarmos juntos (o quê, aliás, em minha opinião é o maior problema hoje, a preguiça). Também não tem fundamento eu ficar com alguém ou dar corda para alguém que está apaixonado por nós se não temos a intenção de levar algo adiante. O quesito distância não é relevante, pois existe moto, carro, ônibus, avião e se mesmo assim isso entrar em jogo, passa automaticamente para o plano do problema fundamental, preguiça. Em mais um texto meu não vou abordar o atributo “confiabilidade”.
Aliás, vou sim. A partir do momento que você começa a desconfiar do seu parceiro, pense seriamente em trocá-lo ou desfazer-se dele, porque você já perdeu o respeito por essa pessoa e a confiança em você mesmo. Quando ouvi isso pela primeira vez, de um amigo meu, fiquei chocado com a frieza com que ele disse isso, mas depois com mais calma e umas cervejas a menos, cheguei à conclusão de que estava certo. Confiança e respeito são os dois pilares fundamentais de uma relação, o restante se constrói a partir deles, desde amizades até casamentos. Mas convenhamos que, melhor não dar margem para desconfiança, não é mesmo? Atitudes limpas e lealdade não fazem mal e ninguém, muito pelo contrário, mantêm seus dentes inteiros inclusive.
Mas alguém deve estar lá fora, fora desse meu mundo onde me tranquei, só preciso lembrar onde deixei a chave, mas torço para que a chave esteja com ela e que venha me resgatar. Meu medo é se ela esta trancada também e que eu esteja com a chave dela. Quase um paradoxo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Fazendo o que se gosta



Não tenho explicações para dar quando se trata dos sentimentos que passam dentro do meu ser nos momentos em que estou fazendo coisas que gosto. Digo isto pelas vezes em que estou jogando hóckey, fotografando, fazendo trilha de moto, etc. Mas vamos nos ater ao hóckey mesmo.
Tudo bem que dizem que a dor ensina, mas nunca fui do tipo que curtia uma dorzinha só para aprender algo, o que quer que seja, mesmo que eu quisesse muito. Não sei dizer se eu era muito cagão ou simplesmente não queria machucar esta cútis que mamãe me deu. Mas tenho percebido que desde que comecei e a patinar e a treinar na equipe, tenho ligado muito pouco para tombos, arranhões, hematomas e coisas do gênero.
Já ganhei um joelho torcido, um dedo fora do lugar, dores lombares que fazem o simples ato de chorar uma coisa tão natural quanto beber água. Acha que eu ligo? Tá, admito que não sou do tipo que liga muito para coisa alguma, mas sempre tive minhas limitações quanto ao que as outras pessoas podem estar pensando, mas desde que comecei, isso já não é mais problema (nossa, pareceu comercial das Organizações Tabajara).
Sei lá, é inexplicável o nível de liberdade e adrenalina sentidas, as possibilidades de tombo (e eventuais fatos deles) e também as dores e machucados decorrentes, sem mencionar as risadas alheias, não me assustam mais. As únicas coisas que me deixam preocupado é o fato de “E hoje, vou poder treinar?”, essa pergunta sim me assusta. O fato de não poder fazer aquilo que me faz bem (fica livre para entender como quiser) me deixa, sim, muito preocupado.
Bem, é isso aí. Vamos patinar?

Crise




                 Gostaria de amadurecer com a velocidade dos cães e envelhecer como as tartarugas. Não, não estou me sentindo velho nem infantil, muito menos com pensamentos suicidas, sou egocêntrico demais para uma coisa tão pequena como essa.
Me refiro ao trabalho que dá esse negócio de relacionamentos. Dos sete aos dez, nos apaixonamos, em geral, pela vizinha, dos onze aos treze não sabemos se gostamos nem de nós mesmos, dos quatorze aos dezoito, encontramos aquele de mesmo após muitos anos consideramos nosso grande amor, dos dezenove aos vinte e poucos há certa crise, muito parecida com a dos onze, mas com muito menos propriedade e sob maior influência do álcool.
Daí em diante é que o bicho pega. Começamos a procurar um cobertor de orelha para nos aquecer, mas não um cobertor qualquer. Tem que ser aquele que gostamos de estar juntos em qualquer hora e lugar, que nos faça bem, nos fazendo sorrir mesmo em meio aos piores problemas do mundo, não nos sufoque com ciúmes fúteis, que seja companheiro para aventuras espetaculares ou apenas sentar no meio-fio e beber uma cerveja quente e falar mal do chefe que nos aporrinhou o dia todo.
Nessa idade não basta ser uma pessoa bonita, aliás, nesse ponto você percebe que a beleza por mais que seja interessante, se não vir acompanhada de conteúdo, como inteligência e companheirismo, não serve. Há uma carência constante de mais conversas e menos sexo, mais dialogo e menos discussão.
E a grande conclusão? Bem, esta fica desse modo. Não adianta eu gostar de alguém se esse alguém não é confiável, não retribui ou gosta de mim, não adianta alguém gostar de mim, se eu não gosto dessa pessoa, assim como não adianta ambos se gostarem, mas qualquer empecilho seja motivo para não dar certo.
A vida é simples, mas gostamos tanto de complicar ela.

Minorias

Sinceramente não entendo as leis de minorias etnosocioculturaciais ou, seja lá, que nomes tenham. Já que estas ditas minorias têm se tornado a grande maioria. Leia-se “não concordo”.
Temos cotas para índios, negros, baixa renda, lei contra homofobia, lei contra o preconceito racial, leis, leis e mais leis. Pergunto-me, para que? Estamos dando o atestado de incapacidade dessas pessoas? PRÉ supondo que alguém é menos capaz por ser negro? Que alguém vai deixar de sofre humilhações por ser homossexual? Me desculpem mas não acredito na melhoria da capacidade humana dessa forma (fato é, que acredito muito pouco nela de qualquer forma).
Estive cogitando hipóteses há alguns dias. Acompanhe meu raciocínio.
“Um homem ofende outro, que procura manter a calma e o controle, afinal, é uma pessoa equilibrada e que não gosta de conflitos desnecessários. O primeiro continua importunando o segundo a tal ponto que este perde a calma e o controle e o agride (eu perderia a paciência por bem menos). O primeiro, que por ventura é negro OU homossexual (ou ambos) acusa o segundo de tê-lo agredido por um desses motivos. Não estou muito a par da legislação, mas agressão é xadrez de uma noite, fiança e alguns trabalhos comunitários. Acusação de preconceito é cana na hora, inafiançável, por alguns bons anos, sem mencionar sua imagem pública que vai pra privada.
Não estou fazendo apologia para a violência, nem nada do gênero, nem dizendo que pessoa alguma tem ou não direitos, mas penso que este tipo de legislação deveria ser abordado como atenuante em caso de revide ou perca de controle numa situação de estresse emocional, pois fica muito fácil colocar a lei ao nosso favor quando se trata de uma questão de levar vantagem sobre alguém, basta uma boa interpretação e argumentação, por vezes nem mesmo isso chega ser necessário. Mas se colocássemos essas leis, para atenuar ou fazer uma “retro acusação”, nos casos onde um gay, ou negro ou qualquer integrante dessas ditas minorias, saísse em defesa de si mesmos pelas próprias mãos e acabasse por cometer uma besteira, acredito que isso reduziria os casos de preconceito, assim como os casos criminais, já que ambos poderiam ser acusados do mesmo delito, sob focos diferentes.
Mas isto é tudo uma questão de leis e homens. Ainda chegará o dia em que andaremos sob o mesmo sol e ele terá a mesma temperatura para todos. Enquanto cada um de nós acharmos que temo um universo inteiro dentro de nossas próprias barrigas, isso não mudará, independente de quem as leis punam ou privilegiem.

O Senhor dos Anéis





Não tenho o costume de fazer isso, mas penso ser uma boa idéia pra praticar minha escrita e desenferrujar os dedos, já que faz algum tempo que não escrevo nada de útil e proveitoso. Não que alguma vez tenha sido, mas enfim, vocês entenderam. Eis aqui uma critica opinativa a respeito da obra Tolkiniana.
Primeiro, comecemos sendo sinceros nesse ponto, você tem que ter uma senhora paciência para poder ler esta obra, que certamente é uma divisora de águas da literatura de ficção e também a precursora do RPG.
Os livros são deliciosamente detalhistas, pois descrevem cada ínfima parte do ambiente, cada característica dos seres relatados, como seus costumes, línguas, domínios e potencialidades. Essa descrição minuciosa faz com que você embarque de tal maneira na estória, que acabamos incorporando algo do dela, como falas, costumes e certa personalidade que possamos nos identificar.
A saga é dividida em três partes e cada parte dividida em duas partes menores. O primeiro livro “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel” trata da “origem” do Legado, o Anel de poder, o caminho até o conselho dos Elfos e o inicio da jornada pelo grupo que levará o Anel para a destruição. É de uma leitura difícil e maçante, pois necessita de muitas explicações para que nos habituemos com a estória, mas muito rica de criatividade e diálogos inteligentíssimos.
O segundo livro “O Senhor dos Anéis – As duas Torres” trata separadamente em suas duas partes, do grupo que se dividiu, os dois que continuaram a missão improvável de conseguir destruir o Anel, e o restante do grupo, cada um em suas missões particulares. A primeira parte deste livro fala dos companheiros envolvidos diretamente na guerra e o que aconteceu com cada um separadamente e suas funções dentro da guerra. É uma leitura mais fácil, pois é extremamente divertida e emocionante, principalmente pelas disputas entre Elfo e Anão. A Segunda parte trata exclusivamente do portador do Anel e seu caminho até a base do inimigo. Um pouco mais difícil de ler que o primeiro livro, pois é pesada e tratada de um modo muito cansativo e de difícil acompanhamento.
O terceiro livro “O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei” da conclusão a esta estória magnífica, também tratando os participantes separadamente, mas de uma forma correlacionada o que prende a atenção de uma forma assustadora. Sua primeira parte relata a batalha final para chamar a atenção do inimigo e mostra como as pessoas podem reagir em estado de emergência e a segunda parte diz o que aconteceu com o portador e sua jornada até seu objetivo.
O ultimo livro traz ainda os apêndices complementares, que aparecem durante toda a obra e que são de grande importância para a compreensão de algumas passagens durante todo o trajeto.
Está é apenas uma parte da obra Tolkiniana, mas que mostra toda sua inteligência e capacidade imaginativa. É sem duvida um dos escritores mais brilhantes do século XX

Ser o primeiro


    Engraçado como nesse grande jogo da vida, o ganhar é tão importante. Mas veja bem você que entende ganhar apenas como obter lucro pessoal e de ordem financeira, muito enganado você está, se pensa apenas nisso. Há coisas muito mais importantes bem debaixo do seu nariz empinado.
Ser o primeiro, ser o grande vencedor, pode muito bem estar resumido em coisas simples que deixamos passar todos os dias. Mas nos preocupamos muito em apenas ser os primeiros a chegar a empresa pra trabalhar, os primeiros a sair ao fim do expediente, os primeiros a chegar numa festa “meia bunda” qualquer. Não estou dizendo que isso seja ruim, mas estou afirmando que é o menos importante.
Deveríamos nos preocupar, em ser os primeiros nos pensamentos das pessoas que nos importam de verdade, os primeiros em quem essas pessoas vão pensar quando precisarem de um apoio ou um ombro amigo ou mesmo que precisem apenas de um copo de café quente.
Para isso, devemos ser os primeiros a respeitá-los e ouvi-los quando precisarem devemos ser os primeiros a estender uma mão amiga, quando todas as outras estiverem jogando pedras ou mesmo ocupadas demais para dispensar uma mão a alguém.
É tão bom ouvir de alguém que ela se lembrou de nós, mesmo que seja por um motivo banal, incrivelmente simples, por que no fundo ela estava pensando em nós e isso significa que ela nos tem em alta conta e que por esse motivo temos o direito de estarmos em seus pensamentos. Esse é o verdadeiro prêmio no grande jogo da vida.
Ainda tenho esperanças (ou uma doce ilusão quase utópica) de que as pessoas atentem para isso algum dia, quem sabe o quanto suas vidas melhorarão após essa mudança, isso eu garanto por experiência própria.

A cultura pertence as pessoas



            Que coisa linda a cultura. Dos outros. Porque a nossa não damos a mínima e na verdade o brasileiro mal tem noção do que é cultura. Do que é produção nossa como a cachaça, mulher seminua no carnaval, traição, corrupção ativa e passiva, jeitinho, entre outras ações das quais só o brasileiro é capaz. Mentira, os outros países também fazem, mas com menos frequência e um pouco mais de classe.
Mas nem tudo é ruim no Brasil, pois temos coisas boas também como Bossa Nova, Samba, Feijoada, Futebol, Políticas Públicas de qualidade, entre varias outras. Não, eu não considero Paulo Coelho uma produção cultural de qualidade, apesar de gostar muito dos temas tratados por ele. Mas enfim, estamos falando de cultura e não de Paulo Coelho.
Por falar em políticas publicas, todos deveríamos saber, é esta, a Política, quem comanda e dirige o que é cultura em um país ou sociedade organizada. Afinal, é através das suas regras e ordens sociais que as pessoas se organizam e produzem a cultura, dentro das possibilidades da legalidade.
Uma sociedade não pode existir sem cultura e é ela quem determina os valores morais da mesma sociedade. Uma sociedade é organizada através de décadas de convívio e conflitos sociais vividos por sua população, até chegar-se ao consenso do que é moralmente aceito e do que é moralmente e legalmente repreensível. Esse conjunto de normas e valores determina o que é cultura.
Então pense, antes de questionar o que está errado em outras nações ou grupos que paramos para observar, deveríamos levar em conta os problemas que estamos pisando em nosso próprio meio sócio-ambiental e tentar resolve-los de forma branda e eficaz para que tenhamos algum respaldo quando criticarmos alguém ou algum modo de pensar e agir em qualquer parte do mundo.

Vizinhas




         Aih aih, passamos por cada situação  na vida que quando paramos pra pensar, não sabemos se temos vontade de rir ou de chorar. Em geral, de raiva.
Vizinhas. Esses seres estranhos, que em geral damos atenção por dois motivos: é muito interessante ou as suas correspondências param na nossa casa e temos que ir atrás pra devolver. Mas dessa vez me refiro à primeira situação. Afinal, isso acontece com mais frequência do que podemos imaginar e em momentos, como sempre, inoportunos. Já explicarei por que.
Vizinhas são assim. Elas mudam pra casa ao lado e você não da bola, acha feinhas, sem graça, e em geral muito mais novas e você nunca acha que pode dar em alguma coisa. Triste engano. Na grande maioria das vezes elas crescem, ficam lindas e muito simpáticas e te deixam de boca aberta com o mulherão que viram.
E o momento errado? O momento errado é aquele em que, não sei por que diabos elas vêm e te convidam praquele tererê, uma pipoquinha, uma conversa ao ar livre por que tá calor e você não sabe se estão te dando moral ou só na amizade. E por incressa que parível você esta ficando com alguém que é legal, que tem tudo o que você precisa. Mas somos homens e isso já é um grande problema.
Diabos, ela nunca te deu moral e vem com essa do nada? Que pensar? Por orgulho e respeito à outra pessoa envolvida, melhor manter o bom senso e não mijar fora do penico.
Mas que faz bem para o ego, isso faz.

Naqueles dias




Sabe aqueles dias que você não ta pra ninguém, a não ser pra uns poucos, bons e velhos amigos? Aqueles dias que, se te chamarem de bonito, é motivo pra arruma briga? É estranho como essas coisas acontecem, porque ninguém te fez absolutamente nada e você simplesmente ta de avesso pro mundo.
Mas sabem, sou um positivista nato, pois sempre procuro o lado bom de tudo e nesses dias vejo que são os dias que você reorganiza seus pensamentos, coloca-os em uma ordem que fique satisfatória seja ela cronológica, seja prioritária. Penso que a pouca interferência externa facilita essa melhor ordenação de pensamentos.
Mas veja lá, a vida social é uma lei natural. Não devemos nos isolar do mundo, apenas fazer breves retiros para uma oxigenação da alma e curtir a nossa própria companhia um pouco, não devemos fazer disso um hábito e do hábito uma necessidade.
Devemos ter em consciência que o equilíbrio é um pilar fundamental de nossas vidas. A vida social é necessária assim como nossos descansos mentais, mas não devemos valorizar um, mais do que outro, pois ambos são necessários e cada qual em sua quantidade certa. Descubra qual é a sua quantidade de cada e regule sua vida, verá como as coisas caminharão muito melhor.

Solidão



            Procurava no meu quarto algo com que me distrair. Não encontrava, porém, o que satisfizesse minha necessidade de entretenimento. Contudo, por mais que procurasse não encontrava e a cada vez sabia menos o que precisava.
Isso me consumia como fogo que queima palha seca, rapidamente e sem cessar e a cada segundo aumentando mais. Mas que sensação é essa, que sentimento doloroso é esse?
Fui à busca dessa descoberta, tentando apaziguar minha alma e meu coração de modo que possa deitar minha cabeça no travesseiro a noite e poder repousar.
Em minha jornada descobri sentimentos a muito tempo guardados dentro de mim, relembrei memórias importantes que haviam sido esquecidas. E ainda assim, algo dentro de mim estava oculto.
Parei um instante para refletir. Fiz dessa reflexão e dessas memórias um mantra, para harmonizar meu espírito inquieto e elevá-lo. Foi uma sensação estranha, como algo que crescia intermitentemente dentro de mim.
E finalmente ela surgiu grandiosa, imponente e impiedosa.
A Solidão, não é de amigos, mas a solidão do relacionamento, de ter algo e com quem dividir. Estar só não é bom. É isso que preciso mudar parar de afastar as pessoas por medo de me magoar.
Isso também é egoísmo.

Uma análise sobre Hipocrisia

Dei uma olhada na net em alguns blogs e vi que os comentários do Stallone provocaram um sentimento defensor da pátria em muitos brasileiros, o que acho piada de tão hipócrita que isso é. Foda-se se o cara falou mal daqui, fez piada ou o que seja. A gente faz isso com o próprio país, não sabe nem em quem vota, só torce pelo Brasil na Copa, sem contar que quando é pra achar algo ruim, sendo nosso país ou os outros países, somos os primeiros. A gente detona o estilo Noveleiro e/ou Fictício, mas o vive intensamente em cada momento do nosso dia. Seria melhor deixar o Stallone falar o que quiser, sendo bobagem ou não. De qualquer forma, é bom saber como os de fora nos vêem. Falo de autocrítica. Bem, não adianta falar de autocrítica se nem da nossa vida particular conseguimos fazer uma. Não temos coragem de ouvir uma crítica e ouvir nossos próprios pensamentos ecoando:
Talvez fulano tenha razão sobre eu ser isso ou aquilo. Ou então questionar o porquê de pensarem de tal forma sobre cada um de nós. Não, é mais fácil agir na defensiva. Todo mundo quer ser perfeito. Ninguém pode ser. Durante toda nossa adolescência ouvimos e falamos que não interessa o que os outros pensam. Lógico, quando se trata de sentimentos e como você se vê. Mas quantas vezes eu mesma já fiz merda e usei isso de desculpa: "Ninguém paga minhas contas!" e no fundo eu queria mostrar algum tipo de coragem insana... Mal sabia eu como era bom ser discreta, fazer o que quiser sem dar bandeira. Ninguém pode dizer como você deve viver a sua vida, mas não dê abertura demais para poderem julgar você. Porque pensar que "fodam-se todos!" com certeza é da boca pra fora. Só na hora de dar opinião e de criticar, aí todo mundo se manifesta, penso eu... Quando se trata de fazer alguma coisa para mudar, aí o bicho pega. Ou não. Minhas opiniões, apenas.
(texto escrito por Diane Peres)

Dor



 

Talvez esta seja o meu mais pessoal e sincero texto que já publiquei aqui. Não que algum dos anteriores tenha sido inverossímil ou superficial, mas o que quero dizer, é que este é o que há de mais forte marcado em minha alma  meu coração.
                Você pode achar isso um tanto cafona ou um pouco piegas, mas tudo o que digo aqui é verdade, e meu desejo, é um pouco do que penso e sinto pode ser até que cada letra contida aqui seja uma lagrima que não consigo derramar.
Acredito que nunca tenha me sentido tão só e tão vazio, mesmo tendo em vista que estou cercado de pessoas maravilhosas e que acredito que para as quais eu também deva ser importante.
No entanto, me refiro ao fato de que mesmo essas pessoas não preenchem o vazio do meu coração, da minha alma.
Percebo em mim, uma necessidade gritante de identificar pessoas que estejam interessadas por mim, para eu poder alimentar meu ego e domar minha frustração, de não ter uma pessoa a quem eu chame verdadeiramente de meu amor.
A cada dia que passa me sinto mais só, transformando minha tristeza em comedia para divertir os outros e chamar atenção das pessoas e preencher o vazio dentro de mim. Esta, penso eu, é minha maneira de gritar até que a pessoa certa me ouça. Quem sabe um dia.
Sinto como se minha capacidade de amar tenha ido embora com todas as minhas idiotices da adolescência.
Exijo de minhas paixões perfeição e beleza, que são indignas e incompatíveis com a minha mesquinharia e insignificância. Não mereço o que exijo e não aprendi a amar o que mereço.

Para frente





            Fiquei observando ontem à noite duas criaturinhas muito interessantes. Uma das quais eu considero o ser mais repugnante da Terra, depois do homem, e outra que desde então considero muito perspicaz, devido à situação que foi observada.
Estava distraído com meus próprios problemas que me iam acabar passando despercebidos, mas quando olhei para o lado, vi a cena em pleno ato.
A barata parada, distraída com o que quer que distraia uma barata e a lagartixinha, essas pequenas e clarinhas que vivem dentro de casa pelas paredes, que os portugueses chamam de “crocodilinho de parede”, ia se aproximando sorrateiramente por trás.
Primeiro passos largos para vencer a distancia, depois passos mais curtos para manter a cautela e por ultimo, movimentos tão sutis que mal pude notar (está certo que enxergo mal, mas não é para tanto), mirando o alvo, analisando a melhor hora para atacar, preparando o bote. Pude sentir sua palpitação, seu sangue circulava loucamente por todo seu corpo, seu coração disparado, esperando o melhor momento para atacar e enfim, alcançar seu objetivo. Eu praticamente era a lagartixa. Coração com coração, olhares fixos na preza, a respiração era apenas uma e enfim o bote...
E a barata escapa por muito pouco. Todo o esforço perdido, todos os cálculos por água baixo, todo o planejamento e a execução foi incompleta.
No entanto a minha heroína não desistiu, não daquela barata, aquela se foi. Mas ela persistiu no objetivo de ter um jantar aquela noite e foi atrás de outra preza, talvez dessa vez com mais cautela, talvez apenas com mais fome, mas uma coisa ela teve a mais. Experiência.
Essa ela levou consigo e não vai perder nunca, vai sempre adquirir mais e mais até se tornar a melhor das lagartixas ou até ser esmagada atrás de uma porta ou na sola de um sapato, mas vai continuar.
E então baratas humanas, sejamos homem-lagartixa e vamos em frente tentando melhorar, ou prefere o gosto de sola de sapato?

Mulher



[...] barco sem rumo, sem rumo sem vela, cavalo sem cela [...] é mais ou menos a sensação que tenho sobre nós. Fica só na sensação mesmo, porque certeza se tem nenhuma. É complicado, sei bem disso, mas é assim que me sinto. Perdido.
Já passamos por diversas situações, já ficamos varias vezes, indas e vindas, enrolação de ambas as partes. Eu, você bem sabe, nunca fui um santo nem exemplo de homem. Você, eu bem sei, nunca foi fácil, nem de se ter nem de lidar. E com essa lengalenga vamos nos arrastando já se fazem uns 5 anos?!
Não sei o que há de errado com você, muito menos o que há de errado comigo, já que dizem que sempre vemos os defeitos nos outros, muito mais fácil do que em nós mesmos. Mas sinceramente gostaria que fossemos muito menos complicados um com o outro. Sabe por quê? Vou dar algumas explicações.
Com você o tempo voa, e se voa, é uma coisa boa. Porque o tempo só passa rápido quando gostamos do que estamos fazendo e eu gosto muito de estar com você, de conversar com você.
Nossas conversas fluem, não apenas temos vários assuntos, mas cada assunto é uma aventura nova enquanto conversamos, pois vamos nos descobrindo melhor, um no outro e em cada um de nós. Os assuntos fluem e se encaixam, sem que pra isso precisemos ceder. Cada um com seu cada qual e ainda assim, encaixa.
Você me faz bem. Me diz o que preciso ouvir e não o que eu quero ouvir. Isso me faz pensar e cada vez deixar de ser menos ignorante. Viva. Cada conversa faz de mim uma pessoa melhor, ou menos pior, penso ser mais adequado.
Somos diferentes, um do outro e dos outros. Preciso dizer mais?
Teria tantas outras coisas para dizer, mas com essa já posso me perguntar. Porque não engrena? O que acontece? Ah mulher que me tira dos trilhos.
De todo modo, isso é uma ínfima parte do que você representa pra mim, mas minha duvida é o quanto eu represento pra ti, ou se meus erros anteriores foram suficientes para fazer você deixar de sentir o que quer que fosse por mim? Bem, não posso arrumar o que já foi, mas posso tentar evitar o que esta por vir. Se é que está.

Pout-pourri



            Sei lá, tenho tantas coisas que gostaria de escrever, tantos triunfos a relatar, tantos amores a declarar, tantas cóleras para extravasar, que talvez seja esse o problema, por isso pouco escrevo e quando escrevo tão pouco de útil se aproveita. Essas coisas acontecem até com os melhores escritores, que dirá com um reles proletário como eu. Tem gente que considera Paulo Coelho um escritor e ele também sofre disso.
Mas bem, como não tenho assunto especifico hoje, vou falar de um pouco de nada, sabe, já viram aquele poema escrito em partes (tenho a impressão de que aquilo se chama esqueleto literário, me corrijam por favor), que varias pessoas escrevem uma frase cada e depois se juntam todas, para formar um texto? Então, hoje vou juntar vários assuntos pra formar sabe-se lá Deus, o que.
Bem, poderia começar falando da Hispania, que entro no campeonato sem nunca ter rodado um único quilometro, o que poderia causar um acidente gravíssimo, mas muita gente nem saberia ao que estou me referindo. Poderia também falar sobre uma possível abertura do curso de medicina pela Unemat de Cáceres, mas daria muita briga e eu gostaria que meu blog continuasse sendo elogiado e não passasse a ser xingado.
Mas me ocorre uma coisa no momento. Quem foi o filho da puta que tirou a Educação Física das series iniciais do ensino fundamental e a destinou aos pedagogos? Nada contra os pedagogos, mas tudo contra a parteira que colocou no mundo o miserável que mexeu no meu queijo, como diria Spencer Johnson (se você também não sabe quem é esse, pelo amor de Deus, vai ler um pouco, cavalo).
O que querem dizer? Que nós professores de Educação Física, somos incapazes de atuar nessa faixa etária ou estão querendo fazer como no jornalismo, desregulamentar a profissão? Oras, vão todos pra casa d...
Chega de papo furado, estressei com o assunto e acho que você também. Tchau.

MRM

Sabem, todos os pais querem sempre o melhor para os filhos.
Quero para mim a melhor escola, a melhor faculdade e quero ser uma ótima veterinária, obviamente minha faculdade seria de veterinária.
Quando era criança achava que tudo para ser melhor precisava depender dos outros, dos nossos pais, mais com tempo vi que posso fazer melhor por minha iniciativa, ser a melhor na minha escola, eu posso fazer minha futura faculdade, na minha vida. Ser eu mesma.
Eu posso mostrar para todos que com meu esforço, sei ser, alguém muito melhor do que eu esperava.
Pois hoje, a vida nos exige cada dia mais, e não podemos nos contentar com pouco, nem com o que é nos dado sem esforço, e sempre correr atrás para crescer na vida.
Só tenho uma certeza nessa vida, que vou batalhar todos os dias para que o que quero. Poder fazer o meu curso e me formar, dar orgulho para aqueles que sempre estiveram na primeira fila da platéia da minha vida, me aplaudindo e dando apoio, por que sabem que sou capaz.
texto de Maria Rita Mamede revisado por Harry Mattei

Longe

Você está aí. Esse “aí” não é "aqui", perto de mim, mas aí bem longe, milhares de quilômetros longe de mim. Longe de onde eu posso tocar sua pele macia. Longe onde não posso encarar seus olhos. Longe onde só posso imaginar como seria o toque de seus lábios. Longe...
Fico imaginando como seria seu perfume, como me olharia com seus olhos cor de mel, brilhantes e quentes, com um poder tão grande que até o mais durão dos homens se renderia ao seu olhar, olhos que observam o mundo de um modo diferente, mas semelhante ao meu, fico imaginando como seriam os contornos suaves de seus lábios, que sustentam um sorriso lindo, tão lindo que me apaixonei por ele. Ou foi por ela toda?
Não sei, mas o sentimento é forte.
E pensar que estive tão perto de ti e não pude te ver, não pude sentir, não pude te dar o abraço que te prometi e que tanto quero, mas que certamente hei de fazê-lo.
Temos pensamentos semelhantes, escrevemos, atuamos, fotografamos, enfim, dividimos paixões, e isso faz com que me identifique com você, demais até.
Aah, como você é importante para mim.

O Corpo



Bem, sou um cara de porte físico que se chamaria de fofinho, nem gordo, nem magro, nem gatão, como se diz, mas uma coisa me passa pela cabeça (não são piolhos e nem chifres). Cuide do seu corpo.
Não falo do cuidado exagerado, do quase narcisismo, mas cuide dele, alimente-o adequadamente, se não da melhor forma, que seja da melhor forma que puder, exercite seus músculos, trabalhe seu cérebro, movimente e seja cuidadoso com suas articulações, endireite sua coluna. Simples, não?!
Sim. Essa maquina maravilhosa que te sustenta e te ajuda a realizar objetivos, precisa de cuidados não diria especiais, mas de cuidados simples e muitíssimo eficientes, para seu bom funcionamento e assim estará funcionando perfeitamente quando fizer uso dele.
Não que eu seja um exemplo de como cuidar do próprio corpo, mas ando descobrindo isso aos poucos, vendo onde acerto e onde erro, procurando especialistas (o que deveria ter feito desde o inicio), mas enfim, tenho tempo de me recuperar. Mas e você?
Não sei por que me lembrei do Pedro Bial e o seu Filtro Solar enquanto escrevia isso, mas não faz diferença, o texto nem é dele e sua cotação de inteligência anda muito em baixa por conta daquele programa que apresenta.

Férias



            Aah, viajar, como é bom, sentir o vento da liberdade nas asas da nossa vontade e a terra na sola dos nossos pés.
Conhecer pessoas, conhecer costumes, ver novos locais.
É bom, é bom e é bom mesmo.
Sair e respirar novos ares, usar um pseudo-colirio para os olhos, rever amigos e parentes há muito tempo distantes.
Bem, hoje é isso que tenho a dizer. Ainda estou apreciando. Não tenho conclusões a dar, mas tenho um conselho para compartilhar... Viaje.

Feliz Natal


 


Época de Natal, tempo de recados eletrônicos dos preguiçosos e sem tempo, imagens e gifs irritantes coalhando a tela do seu computador, a sua pagina do Orkut e lotando seu email com fadinhas, Papai Noeis, gnomos e outra infinidade de bichinhos feita para quem tem preguiça de sentar e escrever alguma coisa de próprio punho.

E não me venha com essa de que “ah, mas pelo menos me lembrei de você”. Porra nenhuma, preferia que não tivesse lembrado, já não bastasse o fato daquilo ser horrível e as mensagens cada vez mais batidas, - aquelas que você vê todo Natal – ainda tem aquelas que vêm com música de fundo, se é que aquilo pode ser chamado de música. Sem mencionar o fato de quando o cara ta tentando conquistar (leia-se comer) a menina e manda um gif (des) animado, de ursinho com um monte de balão dizendo FELIZ NATAL e TE AMO com a música no fundo “que hoje eu te amo, não vou negar, que outra pessoa não servirá, tem que ser você, sem porque, sem pra que, tem que ser você, sem ser necessário entender” repetida umas 422 vezes.


Mas bem, eu já me habituei à mediocridade das pessoas, mas isso não significa que eu tenha que me conformar com isso. Prefiro pensar que enquanto ainda alguém respirar ainda resta alguma esperança, mas me faz pensar que enquanto duas pessoas de Goiás ou umas quatro do Pará também respirarem coisas piores e mais terríveis podem surgir no meio musical infestando futuras mensagens de pessoas cada vez mais preguiçosas e cada dia menos inteligentes.

Hope!!!





            Há situações que nos surpreendem muito. Dias atrás, estava navegando pelos canais “muito úteis” da TV aberta e acabei parando num determinado telejornal onde falava sobre pessoas que escreviam cartas em nome de outras não letradas. Achei a atitude muito interessante e comecei a prestar atenção na matéria.
Me surpreendi ao perceber que eu estava admirando aquela atitude, logo eu, que sou um critico ferrenho sobre as atitudes da raça (des) humana. Percebi isso, porque meus olhos se encheram de algo parecido com lagrimas, mas que percebi depois que aquilo era um sorriso do orgulho.
Fato é, que no meio da reportagem, apareceu a historia de um pai que pediu que uma carta fosse escrita para seu filho, que morava longe, dizendo que o vídeo game que ele tanto queria não poderia ser comprado neste ano, pois a situação havia sido difícil, mas que se tudo desse certo no ano que se inicia ele poderia comprar o vídeo game.
E foi isso que mais me chamou atenção, pois por muitas vezes nossos amigos nos dizem “ah, roubaram meu carro”, “perdi minha maquina digital” e a única coisa que você diz é “que foda”, quando na verdade quer dizer “foda-se, você pode comprar outra”. O que quero dizer, que me espantei por me preocupar e me sensibilizar com as dificuldades de pessoas estranhas que não sabem ler, nem escrever, enquanto nem sempre nos sensibilizamos com “problemas” dos nossos amigos mais íntimos.
É estranho o fato de como encaramos situações que se assemelham de grosso modo, mas por sabermos da origem de ambas, elas adquirem relevâncias diferentes.
É, acho que ainda resta esperança nesse mundo.

Teatro!!!

 

     Ansiedade, excitação, medo, euforia. São algumas das muitas sensações que você tem antes de subir no palco.
Ah, o palco! Que magnífico. As pessoas te olham, alguns te conhecem e se espantam e admiram o fato de você estar ali, fazendo parte da diversão deles, do seu descanso e se sentem lisonjeados com isso, afinal, você é um amigo de seu público e seus amigos gostam que você faça parte dos momentos bons deles.
E a deixa é dada. O personagem brota e você, te transportando para outro lugar, outra época, te faz viver estórias incríveis, faz com que você se sinta um rei, um soldado, um pai de verdade, mas o que você realmente sente é prazer. Prazer por fazer aquilo que mais gosta, prazer por alegrar seus amigos e desconhecidos, prazer por fazer parte de algo que te faz bem. Mesmo que seja trabalho, é o trabalho que se executa com um sorriso nos lábios, ou mesmo com lagrimas nos olhos, caso a cena exija.
Não importa, seja drama, comédia, suspense, tragédia ou mesmo ballet, onde não se fala nada, mas se exige muito do corpo, isso é teatro, isso é interpretar, e bem, não importa a situação.
Mesmo assim, não podemos esquecer que para um bom ator, uma boa peça, um bom espetáculo, torna-se indispensável à presença e colaboração de uma equipe por trás disso tudo. Maquiadores, figurinistas, contra-regras, iluminadores, afinal, eles são parte do espetáculo, eles compõe essa família. Família de famílias, de amigos, de crianças.
E os amigos? Que prestigiem, apóiem, aplaudam, critiquem, opinem, gritem, cantem, que façam parte dessa vida que escolhemos, assim nossa felicidade é completa, porque o espetáculo não pode parar...

Vírgula






Nunca deixe de usar a vírgula
Se eu pudesse dar uma só dica sobre um texto ou uma conversa descente seria esta
Use a porra da vírgula
Os benefícios  do uso de virgulas estão provados e comprovados pela língua portuguesa e por conversas no MSN já o resto de meus conselhos não tem outra base confiável além de minha própria experiência negligente
Mas agora eu vou compartilhar esses conselhos com vocês
Aproveite bem o poder e a beleza de uma boa escrita ou então esqueça você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da escrita até que você tenha se ferrado
Mas pode crer daqui a vinte anos você vai evocar as suas fotos e seus filhos vão perguntar pai quem são essas pessoas e você vai responder
Não amola pivete vai buscar minha cerveja
Você não é tão burro quanto pensa apenas tem preguiça de escrever direito
Não se preocupe com o futuro a internet vai acabar com as regras de português mesmo ou então se preocupe se quiser mas saiba que as pessoas querem mais é que você se foda
As encrencas de verdade de sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada e te pegam no ponto fraco às quatro da tarde de uma terça-feira modorrenta quando seu filho chega e diz
Pai me ajuda a fazer uma redação
Leia
Não seja leviano com a boa educação dos outros não ature gente que fale e escreva errado de propósito
Use vírgulas pontos acentos hífens
Não perca tempo com televisão
Às vezes se escreve certo às vezes errado
A língua portuguesa é longa e no fim é só sua ignorância contra as regras da gramática
Não esqueça os elogios que receber mas esqueça menos ainda as correções que te fizerem
Se conseguir isso me ensine
Guarde as antigas cartas de amor elas são bem escritas
Não se sinta culpado por não saber escrever direito nosso presidente também não sabe
As pessoas mais inteligentes que eu conheço não nasceram sabendo mas se esforçaram
Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem
E voce seu cabeçudo tome bastante vergonha na cara
Seja cuidadoso com as conversas on line
Você pode se arrepender delas
Talvez você use crase talvez não
Talvez tenha dicionários talvez não
Talvez faça supletivo aos quarenta talvez precise de um professor para escrever o discurso em suas bodas de diamante
Não escreva como bem entender
Desfrute de seus professores de português use-os de toda maneira que puder mesmo não tenha medo de perguntar ou do que as outras pessoas possam achar é a melhor maneira de aprender usar a vírgula
Escreva
Mesmo que não tenha quem te corrija além do telecurso
Leia as instruções e por favor siga elas depois
Não leia letras de música sertaneja, hip-hop ou brega
Só vão fazer você sentir vergonha de ser brasileiro
Dedique-se a conhecer pelo menos o mínimo do gramática
É impossível prever quando ela será necessária mesmo mas tenha certeza de que será
Seja legal com menos cultos eles são o melhor exemplo daquilo que você não deve ser
Entenda que amigos escrevem bem ou não mas nunca abra mão dos poucos que escrevem algo que de para ler
Esforce-se de verdade para diminuir os erros ortográficos
More uma vez em Minas Gerais, mas vá embora antes de escrever Uaih so
More uma vez no Mato Grosso, mas se mande antes de escrever petxe e matitxe
Estude
Aceite certas verdades aterrorizantes
Os acentos vão sumir os políticos vão seguir os passos do Lula você também vai sentir vergonha da educação no país e quando isso acontecer eu espero não estar aqui
Respeite os verbos
E não espere que ninguém note as boçalidades que você escreve ou diz
Talvez você jogue este texto na privada
Talvez case com alguém mais burro que você
Mas não esqueça que corre um serio risco de seus filhos se decepcionarem com você
Não converse demais com corintianos ou flamenguistas
Senão quando você chegar aos quarenta vai precisar de um interprete
Cuidado com os textos que vai ler mas seja paciente com aqueles que os escreveram
Eles bem que tentaram coitados
Compartilhar textos é um jeito de ver os erros dos outros e os seus esfregá-los
repintar as partes feias e reescrever tudo até estar no mínimo compreensível
Mas na vírgula acredite