quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A árvore


Havia uma árvore, não faz muito tempo, que apesar de ser jovem e pra quem olhasse de soslaio, pensava se tratar de uma espécie de muita força e de um vigor invejável, além de perceber que era de muita beleza. Essa árvore tinha consciência e a usava para guiar e cuidar de suas sementes. Soltou suas sementes no momento certo, para que os ventos adequados carregassem de forma segura e fossem parar em terras adequadas para que pudessem crescer tão lindas quanto à árvore mãe. Mesmo quando não se achava mais possível que a árvore pudesse dar mais sementes, ela surpreendia, deixando cair mais umas poucas e excelentes sementes e mesmo assim teve o mesmo cuidado que teve com as outras.
Mas essa árvore não resistiu e sucumbiu ao tempo e aos ventos e tormentas que assolavam suas raízes e essa sábia árvore tombou. O choque inicial foi inevitável, afinal, como uma árvore tão bela e forte, poderia se render a ventos e tempestades? – Mas foi o que aconteceu.
Sua sombra já não pode ser mais apreciada e seus ensinamentos não podem mais ser aprendidos, mas mesmo assim, ela deixou frutos. Frutos que são aquelas sementes que ela soltou no tempo certo e com tanto cuidado. Enquanto pôde, dividiu todo o seu conhecimento para esses frutos. Uns aproveitaram um pouco mais, outros um pouco menos, mas todos têm a certeza de que foram amados e cuidados com a mesma intensidade, com a força de todas as suas raízes.
Mesmo tombada, sabemos que essa árvore, retornará para a terra de onde veio e futuramente nascerá de novo, mas até lá ela ficará observando seus frutos crescerem e quando esses frutos passarem por tempestades violentas, ela estará perto para ajudar a acalmar essa tempestade ou para dar força para as raízes de suas sementes.


Esse texto foi dedicado para Kelli da Rosa, e ela sim, saberá lê-lo da forma que deve ser lido.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Boiando


Ir ao cinema tem se tornado um motivo de muita frustração para minha pessoa ultimamente. Sério mesmo, não é por mal que faço isso, é como se fosse automático, prestar atenção nas reações das pessoas durante a sessão. Prestar atenção é o menor dos problemas, o duro é constatar que só eu entendi a piada.
Normalmente vou ao cinema para ver filmes que me atraem muito ou que geram algum tipo de interesse, que é justamente para não me deixar frustrado no meio da sessão. Adoro filmes de super-heróis, de descoberta de moralidade, de recomeço, ou seja, que seja agradável aos olhos ou inteligentes, já que muito raramente são as duas coisas juntas. Fui assistir Harry Potter, não é nem agradável aos olhos muito menos inteligente, inteligente seria nem terem mexido na estória da J.K., que essa sim, é perfeita. Sim, eu odiei todos os filmes, apesar de ser um fã imensurável da estória. Literária.
Mas, o que eu estou querendo dizer é que quando vou ao cinema é para ver algo que me distraia e nem por isso deixo de prestar atenção (pense o que quiser). Vou com meus bons amigos nerds, e me bate dois tipos de medo quando acontece algo durante o filme e só nós e mais meia dúzia de gatos pingados riem. Um é, se nós somos tão idiotas a ponto de rir daquela cena. Dois, será que só nós entendemos a piada? Fala sério, você deve tá de brincadeira com a minha cara. Fui assistir Thor, teve uma cena em que SOMENTE eu ri na porra do cinema. Fui ver Capitão América, metade do filme só meus amigos, eu e uns dois perdidos rimos. Sério, existe Google justamente pra ajudar a dar uma informada sobre as coisas, caso você não seja nenhum otaku nesses assuntos.
Eu sei que não é saudável ficar me estressando com esse tipo de coisa simples e boba, mas a alienação das pessoas me deixa frustrado, deprimido e irritado. Agora, um conselho de amigo, não me imite. Isso pode causar problemas cardíacos futuros.