Basicamente o “texto” a seguir é um recorte de um dos meus
ataques de insônia numa noite qualquer, mas é normalmente é a mesma coisa todas
as noites. Nem vou me dar o trabalho de fazer muitos ajustes para parecer um
texto integral, afinal, eu não sou integral, sou uma montagem de recortes de
tudo o que passa pelo meu mundo. Do que gosto, claro.
É uma merda mesmo. Já que não consigo dormir passo a noite
toda pensando no meu vício. Fotografia. Estilos, ideias, brincadeiras, enfim,
porque raios isso me deixa tão pilhado? Um contêiner de plástico e metal, com
um processador que precisa de um pouco de luz?! Esqueci de mencionar os vidros,
engrenagens e as imagens lindas que podemos fazer com ele.
Percebo nesse momento que uma câmera fotográfica pra mim é
quase que como o anel para a tropa dos Lanternas Verdes. "O limite do
poder, é o da imaginação."
Não, eu não sou poser. Eu já gostava de fotografia muito
antes de fotógrafo ser igual mulher de zona. Se o cara tá pagando, abre as
pernas. O povo anda achando que vida de fotógrafo é fácil. Que é só comprar uma
câmera foda e apertar um botão. E depois ganhar rios de dinheiro.
Lamento informar, mas não é só apertar um botão, não
ganhamos bem e não somos prostitutas. Se bem, que em Sinop, fico em dúvida quanto
a isso. Quanto à questão das putas eu digo.
Se eu estou revoltado? Não, impressão sua.
Sim, eu fico de mau humor quando preciso acordar cedo e
estou com insônia. São só cinco dias na semana que isso acontece. É porque não
trabalho aos sábados e domingos de manhã, senão seriam sete.
Porque escrevo tanto nesse Twitter de madrugada, se ninguém
está lendo essa merda a essas horas? Foda-se, ele foi feito pra isso mesmo.
Falar sozinho com um monte de gente.