segunda-feira, 21 de outubro de 2013

As barreiras que criamos



            E como criamos! Mas não falar sobre o lado das impossibilidades, mas sim, sobre essas barreiras como nossas principais defesas, aquelas que aprendemos, ou nos obrigamos, a ter, para que nossas loucuras não tomem conta do pouco de sanidade que o mundo nos permite ter.
Eu sei que no quesito sensibilidade para com os outros, não sou a melhor pessoa do mundo, aliás, como andei ouvindo muito ultimamente, não sou parâmetro de avaliação pra nada, mesmo. Oremos!
Pois bem, com o passar do tempo e com as merdas que fazemos com as outras pessoas, vamos desenvolvendo nossas armas, escudos e defesas para evitar futuras dores de cabeça. Digo “vamos”, como se todos fizessem, mas sejamos sinceros e vamos colocar o “eu” nessa bagaça aí, porque tem gente que acho que faz questão de sofrer e procurar sarna pra se coçar, só pode!
Porém, não nego que essa posição assumida por mim, é um tanto quanto frustrante para pessoas, muitas vezes maravilhosas, que vou conhecendo. Machuco com essas atitudes, tento melhorar conforme me sinto confortável a fazer isso, mas não é algo fácil e ao menor sinal de alerta e perigo, ploft, fecham-se as travas novamente e engulo as chaves.
Na adolescência, eu aprontava, mentia, enganava, mas com o tempo e as quebradas de cara, além das inúmeras explicações infundadas que eu tinha que dar e o desgaste gerado por isso, fui aprendendo e percebendo o valor da verdade e descobri que é divertido ver a cara de chocada das pessoas quando você opta por contar uma verdade que elas julgavam impossível de ouvir ou no mínimo, esperavam que mentíssemos. Sério gente, tentem, é divertido!
Não me julgo mais inteligente, não me julgo mais elevado espiritualmente, não me julgo melhor que ninguém (a não ser que eu tivesse as Esferas do Dragão, porque aí eu seria foda pra caralho), mas posso dizer que dos meus defeitos, não me permito magoar ninguém por mentiras ou ilusões. Não internalizo nada, não guardo maledicências, não faço questão de me sentir ofendido com quase nada que ouço sobre mim. E isso me deixa leve, não carrego o peso de ter magoado alguém, por esses motivos.

Por falar nisso, acho que posso cogitar a possibilidade de escrever algo sobre a mania do mundo de sem sentir ofendido, humilhado, discriminado e afins. Mas primeiro mandar pra um advogado analisar, antes de publicar, porque, né...